Amplie sua visão sobre plantas de casa, escolha espécies únicas e transforme seu ambiente em um espaço de arte viva, equilíbrio e bem-estar
Em uma era dominada por plantas produzidas em massa à venda em supermercados e grandes varejistas, surge um convite para repensar o que significa ter uma planta de casa. Robert Moffitt, fundador do estúdio de design botânico Haus Plant em Los Angeles, propõe que busquemos plantas com personalidade e formas esculturais que se destaquem no espaço e permaneçam conosco por muito tempo.
Essa mudança não só amplia a percepção estética, mas também traz benefícios ao bem-estar, transformando o cuidado com as plantas em um ritual de atenção plena e conexão com a natureza. Conforme informação divulgada pelo g1, Moffitt tornou seu trabalho uma expressão criativa e terapêutica, indo além do convencional e apostando em exemplares exóticos e resistentes.
Veja a seguir como inovar a decoração botânica em sua casa, usando plantas que se tornam verdadeiras esculturas vivas e vasos que valorizam ainda mais essa presença única e que pode contar histórias.
Repensando o conceito de planta de casa: opções esculturais e autênticas
Segundo Moffitt, a maioria das pessoas compra plantas comuns como Pothos ou Peperomias, que frequentemente acabam sendo descartadas em pouco tempo por falta de conexão ou desafio visual. Ele propõe vasculhar meios alternativos, como grupos em redes sociais e vendas de garagem, para encontrar plantas com formas inusitadas e presença marcante. Moffitt destaca sua preferência por caudiciformes, plantas com caule inchado e bases esculturais, famosas por sua resistência a períodos de seca.
Exemplos mencionados incluem o baobá da África Subsaariana, a árvore-garrafa de Queensland da Austrália e a árvore de pincel de barba, típica do Caribe e América Central. Estas espécies armazenam água em seus caules e se adaptam a longos períodos sem irrigação, ideal para quem busca plantas com baixa manutenção que também tenham um impacto visual forte.
O papel do vaso e a composição artística no design botânico
Além da planta, os vasos usados por Moffitt são peças essenciais para realçar a beleza natural dos exemplares. Ele sugere fugir do vaso genérico e experimentar formatos, escalas e materiais extremos para que a planta se torne uma verdadeira obra de arte. Vasos rasos em formato de tigela, por exemplo, são usados para caudiciformes, permitindo a exposição de raízes e detalhes únicos.
O design do vaso pode ancorar o ambiente, definir o humor e até contar uma história, revelando a plantacom como um elemento arquitetônico, escultural e emocional. Essa abordagem integra a natureza com o espaço habitado de modo harmonioso e diferenciador.
Conexão humana: o cuidado como prática de saúde e mindfulness
Moffitt, que tem formação em enfermagem, descobriu nas plantas uma forma de terapia e escape criativo. Segundo ele, cuidar das plantas é um exercício de atenção plena que oferece benefícios para a mente e espírito, funcionando como uma rotina curativa que conecta as pessoas à natureza de maneira significativa.
Essa interação ativa não só promove o bem-estar, mas fortalece o relacionamento entre a pessoa e a planta, criando vínculos que incentivam a manutenção prolongada e atenta. O cuidado envolve rega adequada, monitoramento e até técnicas específicas como o treinamento das raízes para expor suas formas artísticas.
Dicas práticas para cultivar plantas esculturais e resistentes dentro de casa
Para quem deseja seguir o modelo de Moffitt e trazer exemplares autênticos para a decoração, é fundamental adequar as condições ao seu habitat natural. As plantas caudiciformes precisam de solo arejado, drenagem rápida e luz intensa. No verão é recomendada a rega semanal, enquanto no período de dormência (final do outono à primavera) a água deve ser reduzida para uma vez a cada quatro a seis semanas.
Outra técnica apresentada é a exposição das raízes, tradicionalmente usada em bonsai, que pode transformar uma planta comum em uma escultura viva. Treinar as raízes para crescer sobre rochas ou moldar múltiplos troncos aumenta a singularidade das plantas e sua capacidade de impactar o ambiente.
Essa nova abordagem de cuidar e decorar com plantas ressignifica o conceito de vegetação interna, privilegiando exemplares que não apenas decoram, mas enriquecem o cotidiano com arte viva, história e saúde.
